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A INSERÇAO ECONÔMICA DA COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL LAR E
SEUS Reflexos na arrecadaçAo de icms, dos municipios onde
MANTÉM SUAS PLANTAS INDUSTRIAIS

Economic insertion of LAR agroindustrial cooperative and its effects on IcMS collection in the
cities where its manufacturing plants are located

Miguel Angel Uribe-Opazo1, Luiz Gilberto Birck2, Régio Marcio Toesca Gimenes3

RESUMO

Este artigo apresenta uma analise sobre a inserçao no processo de agroindustrializaçao da Cooperativa Agroindustrial LAR, do
municipio de Medianeira (PR) e seus reflexos na arrecadaçao do Imposto sobre Operaçôes Relativas à Circulaçao de Mercadorias e
sobre Prestaçôes de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicaçao (ICMS) dos municipios onde a cooperativa
mantém plantas industriais, no periodo 2000 a 2004. A metodologia utilizada incluiu a pesquisa documental e o estudo de caso. Pelos
resultados, ficou demonstrado que a Cooperativa Agroindustrial LAR contribuiu positivamente para a arrecadaçao do ICMS dos
municipios de Medianeira, Itaipulândia, Missal, Matelândia, Céu Azul e Santa Helena.

Palavras-chave: agroindustrializaçao, desenvolvimento regional, ICMS.

ABSTRAcT

This article presents an analysis of the insertion into the process of agroindustrialization of LAR Agroindustrial Cooperative from the
municipality of Medianeira (State of Parana) and its effect on the collection of ICMS (Tax on Transfer of Goods and on Transport
Services Interstate, Intercity, and on Communication) in the cities where the cooperative has manufacturing plants for the period
ranging from 2000 to 2004. The methodology used was documentary research and case study. The results of the research reveal that
LAR Agroindustrial Cooperative has positively contributed to ICMS collection in the municipalities of Medianeira, Itaipulândia,
Missal, Matelândia, Céu Azul, and Santa Helena.

Key words: agricultural processing, regional development, ICMS.

1 INTRODUÇAO

A atividade agricola passou, nos ùltimos anos, por
uma intensa transformaçao. O que era uma atividade de
subsistência e auto-suficiência tornou-se uma unidade
dependente do mercado e das indùstrias de insumos e
processamento (BIALOSKORSKI NETO, 2000b).

Para Pinazza et al. (1999), a agricultura incorporou
progressos técnicos sem precedentes na segunda metade
do século XX. A chamada Revoluçao Verde tirava
definitivamente o setor do seu arcaismo milenar, que vivia
no ciclo de repetiçao nos costumes e uso das praticas
agropecuarias. A força motriz do processo é a combinaçao
dos insumos quimicos com a melhoria genética vegetal e
animal.

Nesse mesmo sentido, Montoya & Guilhoto (2000)
relatam que, ao longo das ùltimas décadas, na economia
mundial, os sistemas produtivos agricolas sofreram
transformaçoes importantes, em virtude da era da
mecanizaçâo agricola (1920 a 1950), que permitiu aos
fazendeiros aumentarem a produtividade do fator de
produçao e trabalho; da era da
agricultura qui'mica (1950
a 1980), que deu suporte tecnologico para a chamada
Revoluçao Verde, por meio do desenvolvimento e uso de
defensivos e fertilizantes quimicos que levaram ao aumento
da produtividade do fator de produçao terra, e da era da
biotecnologia e da tecnologia da informaçâo (a partir de
1980), cujos reflexos foram o surgimento de grandes
conglomerados agroindustriais e uma forte expansao das
indùstrias de manufaturas destinadas à fabricaçao de
maquinas agricolas e insumos quimicos. A “modernizaçao
da agricultura” brasileira, conforme os referidos autores,
ocorreu, assim, a partir do conjunto dessas transformaçoes
estruturais.

De fato, a agricultura brasileira passou
definitivamente a integrar a produçao industrial, ou seja, o

1Professor Associado do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Agronegocios - Universidade Estadual do Oeste do Parana/UNIOESTE, Doutor
em EstaUstica - IME-USP - Rua Universitaria 2069, sala 65 - Jardim Universitario - 85.819-110 - Cascavel, PR -
[email protected]

2Professor Assistente da Universidade Estadual do Oeste do Parana/UNIOESTE, Mestre em Desenvolvimento Regional e Agronegocios pela
UNIOESTE - Campus de Toledo - Rua da Faculdade, 2550 - Toledo, PR - 85.903-000 -
[email protected]

3Professor Titular da Universidade Paranaense/UNIPAR, Doutor em Administraçâo de Empresas, Doutor em Engenharia de Produçao e Sitemas
pela Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC, Pos-Doutor em Finanças pela FEA - USP - Avenida Tiradentes 3240 - Centro - 87.505-090 -
Umuarama, PR -
[email protected]

Recebido em 11/10/06 e aprovado em 20/01/07



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