O funcionalismo de Sellars: uma pesquisa histδrica



Ciências & Cogniçâo 2009; Vol 14 (3): 024-038 <http://www.cienciasecognicao.org>                              © Ciências & Cogniçâo

Submetido em 21/09/2009   | Aceito em 19/11/2009   | ISSN 1806-5821    - Publicado on line em 30 de novembro de 2009

back enthusiastically [...] I would think that my sketchy functionalist theory of meaning
was more influenced by Putnam’s ‘Minds and Machines’ paper [Putnam 1960] than
anything I’d read in Sellars while at Oxford, but I can’t be sure. I have sometimes
discovered tell-tale underlinings in my copy of a book years later and recognized that I
had been influenced by an author and utterly forgotten it (Dennett, personal
correspondence).” (
apud Piccinini 2003: 231)

Desse modo, a conclusâo é que ha Verdadeiramente pouca evidência que Putnam,
Fodor ou Dennett desenvolveram as
primeiras versðes de seus trabalhos apoiados em Sellars.
Putnam e Fodor, por exemplo, sâo tâo independentes de Sellars que o foco é diferente,
inclusive, e o problema da intencionalidade fica restrito ao segundo plano. Putnam e Fodor
nâo parecem ter compreendido
EFM como uma teoria funcionalista do conteudo mental,
embora seja claro que Sellars adota essa postura. Se o funcionalismo de Putnam e Fodor nos
anos 60 nâo considera essa discussâo sobre a intencionalidade como Sellars o fez, apenas
Dennett parece ter caminhado nessa direçâo, a seu modo. No entanto, mesmo que as
evidências indiquem que Putnam e Fodor nâo foram inicialmente inspirados por Sellars -
havendo apenas indfcios mmimos dessa influência - é relevante o legado desse autor para a
filosofia da mente, nâo apenas entre os autores supracitados, mas uma importância verificada
em decléiraçx'ies como as seguintes:

“By the early 1960s, Putnam knew Sellars’s paper (personal correspondence), and later
named it ‘one of the most important papers on [its] topic in recent decades.’” (Piccinini,
2004: 384, citando correspondência pessoal com Putnam)

Dennett:

“Thus was contemporary functionalism in the philosophy of mind born, and the
varieties of functionalism we have subsequently seen are in one way or another
enabled, and directly or indirectly inspired, by what was left open in Sellars’s initial
proposal - though this has not been widely acknowledged.” (Dennett,1990: 341)

Ou Rorty:

“O tratamento de Sellars da distinçâo entre mente e corpo foi adotado por muitos
filôsofos da mente nas décadas subsequentes. É possivel que ele tenha sido o primeiro
filôsofo a insistir que devemos ver a ‘mente’ como uma espécie de entificaçâo da
linguagem.” (Sellars, 2008: 18)

3. Conclusao

“Almost no one cites Sellars, while reinventing his wheels with gratifying regularity.”
(Dennett, 1990: 349)

Sellars elabora uma proposta complexa para a relaçâo entre estados mentais e mundo
exterior que passa pela aquisiçâo de uma linguagem publica. O significado das palavras é seu
uso aceito num discurso publico, o que diferencia uma palavra da outra é seu papel funcional.
Analogamente, o significado dos pensamentos é dado pela funçâo desempenhada no
espaço
logico das razoes
e que cujo significado é dado pela referência à linguagem publica.

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